Zumbilândia

Zumbis e epidemias mundiais já não são assuntos lá muito inusitado hoje em dia. Depois de "A Noite dos Mortos Vivos", "Madrugada dos Mortos" e "Extermínio", não poderia surgir nada tão bom, poderia? Pois se você pensa assim, está muito enganado.

"Zumbilândia" não é apenas mais um filme de zumbis qualquer. Mistura comédia e terror, com atores memoráveis, como Abigail Breslin (Pequena Miss Sunshine) e Woody Harrelson (Assassinos por Natureza), dentre outros atores menos conhecidos, mas com mesma atuação notável, como Jesse Eisenberg (A Vila, Amaldiçoados) e Emma Stone (Minhas Adoráveis Ex-Namoradas). O filme ainda conta com a participação de Bill Murray, que interpreta a si mesmo e garante uma das partes mais engraçadas do filme.

O longa conta a história de Columbus (Jesse Eisenberg), um jovem que tem medo das coisas mais inusitadas (como palhaços e panos de limpar mesas) e que pensa ser o único sobrevivente em um mundo infestado por terríveis zumbis. Até o dia em que encontra Tallahassee (Woody Harrelson), um homem que não mede esforços para matar zumbis e é louco por bolinhos, além de Wichita (Emma Stone) e Little Rock (Abigail Breslin), duas irmãs que vivem passando a perna nos outros. Mas o problema não vai ser enfrentar os zumbis. O problema vai ser enfrentar uns aos outros, pois ninguém confia em ninguém.

"Zumbilândia" é dirigido por Ruben Fleischer, e estreou no cinema esse mês. Para quem gosta de violência gratuita, nada melhor do que ver os zumbis serem mortos das formas mais inusitadas e criativas possíveis, de um jeito bem descontraído. E para quem quer dar boas risadas, as trapalhadas de Columbus e as loucuras de Tallahasse vão levar qualquer um às gargalhadas facilmente.


Os roteiristas do filme, Paul Wernick e Rhett Reese, garantem uma continuação de "Zumbilândia", e falaram em um um romance para Tallahasse. O que espero é que a continuação seja tão boa quanto o primeiro filme, e que não chegue onde tantas continuações frustradas de outros filmes estão chegando hoje em dia: ao fracasso. Vamos ver no que vai dar.

Onde Vivem os Monstros

Max (Max Records) é um garoto que vive com a mãe e a irmã, porém está sempre muito solitário. O que o ajuda nas horas em que está sozinho é sua super imaginação, que ele utiliza para criar incríveis histórias. Numa noite em que Max estava brincando com sua roupa de lobo, sua mãe leva para casa o namorado. Max então percebe que poderá ficar ainda mais sozinho com sua mãe namorando, e acha que a está perdendo. Briga com ela e foge de casa. Vai para uma floresta não muito longe de onde mora, onde pega um pequeno barquinho e vai navegar. Após muitas turbulências no mar, chega em uma ilha onde vivem 7 monstros. A princípio, eles queriam comê-lo, mas Max convence-os de que é um grande rei e poderá governá-los. E é assim que começa o reino de Max nessa estranha ilha de monstros, onde tudo parece extremamente divertido, mas Max descobrirá logo que não é bem assim.

Essa é a história do filme "Onde Vivem os Monstros", de Spike Jonze. O filme é baseado no livro de mesmo nome de Maurice Sendak, que fez um grande sucesso nos Estados Unidos, mas é um tanto desconhecido no Brasil. Mesmo que você não tenha ouvido falar sobre Maurice Sendak, tenho certeza que conhece algumas de suas obras. Já ouviu falar em "Os Sete Monstrinhos" e "O Pequeno Urso"? Pois é, ele é o escritor dessas séries que passam na TV Cultura.

Quem olha pela primeira vez o cartaz do filme imagina logo que se trata de um filme para crianças. E foi o que pensei. Mas ao assistir, percebi que "Onde Vivem os Monstros" é mais um filme adulto do que infantil. O filme é opressor, melancólico, e incrivelmente nos comove. Já houve uma tentativa frustrada de virar desenho animado pela Disney na década de 1980, mas não deu certo.

Os 7 monstros são como cada sentimento que Max possui. Sua timidez está presente no calado e distante Alexander (Paul Dano) e no contemplativo e melancólico Touro (Michael Berry Jr.). Seu lado amoroso está presente na amável e provocativa KW (Lauren Ambrose) e no simpático Douglas (Chris Cooper). Sua parte agressiva está na irritante e pessimista Judith (Catherine O'Hara). Sua inteligência no criativo Ira (Forest Whitaker). E toda sua parte divertida e alegre está no carismático e impulsivo Carol (James Gandolfini), o monstro preferido do garoto.

Cada cena do filme nos leva a ter um sentimento diferente. Há varias cenas de felicidade, todos os monstros rindo e brincando. Nessas horas meu sorriso se abria sem eu mesmo me dar conta. Quando via, já estava extremamente alegre. Mas alguma coisa sempre acontecia, uma intriga ou uma desavença entre os monstros. O silêncio caía e nem era preciso dizerem nada. Tudo já estava presente naquele silêncio. A melancolia, a tristeza, a solidão. Chegava mesmo a ser assustador. O filme nada mais é do que uma discussão sensível e um tanto triste sobre a infância e o amadurecimento. 



Em relação à trilha sonora, por mim o Oscar já seria de "Onde Vivem os Monstros". As músicas são de Karen O. (do Yeah Yeah Yeahs), e acompanha todas as emoções do filme. Nas partes felizes, as músicas me deixaram num estado exultante, de completa euforia e felicidade. Nas partes tristes, as músicas vão deixar qualquer um melancólico e triste. É difícil entender o que eu estou falando, só quem assistir o filme e se ver tocado pelas músicas é que vai saber como a trilha sonora é excelente.


Lendo a crítica do site Omelete, vi que eles descobriram o adjetivo que mais combina com o filme, que eu estava tentando descobrir desde que o assisti: esquisito. Acredito que não vou encontrar um filme tão esquisito e estranho quanto esse. Estranhamente mexe com a gente. Estranhamente nos faz voltar a nossa infância. E estranhamente não é bobo, como eu pensava. É estranhamente incrível.


Onde vivem os monstros? Os monstros vivem dentro de nós mesmos.

Palavras de Ignácio de Loyola Brandão


"O ato de escrever é prazer e diversão. É a sensação de poder, de domínio. Criar gente, fabricar fantasias, inventar cidades, dar vida e dar morte, criar um terremoto ou um furacão, fazer o que eu quiser. Escrever é um jogo, brincadeira. Escrever é o meu modo de gritar contra as dores do mundo, o sofrimento da condição humana, é o meu depoimento sobre a minha época, e a meu respeito, sendo eu cidadão, síntese de toda uma classe social. Escrever é uma forma de tentar conquistar o amor das pessoas. E também oferecer divertimento e distração." (Ignácio de Loyola Brandão)

Encontrei esse texto de Ignácio de Loyola Brandão em uma prova na escola, e achei tão interessante que resolvi postar no blog. O autor brasileiro realmente sabe o que diz :)

Planeta 51

Tudo bem que sou suspeito para falar, pois eu gosto de todos os filmes de desenho, mas Planeta 51 é com certeza uma das melhores e mais divertidas animações feitos dos últimos tempos. O filme é de Joe Stillman, mesmo roteirista de Shrek e Shrek 2, e animado por computação gráfica pela Ilion Animations Studios. Para quem não sabe a história, vamos lá.

O Capitão Chuck é um astronauta da Terra, que vai explorar um planeta distante chamado Planeta 51. O que ele queria fazer era apenas colocar a bandeira dos Estados Unidos no planeta, dar algumas cambalhotas e jogar golfe. Mas o que ele não esperava era que o planeta fosse habitado por criaturas verdes alienígenas, que por incrível que pareça... têm medo de seres humanos! E não se sabe quem tem mais medo de quem: se Chuck dos alienígenas ou os alienígenas de Chuck. Mas alguns desses aliens não são tão medrosos quanto os outros, e vão ajudar o Capitão Chuck a voltar para sua nave.

Para quem não gosta de animações, ainda assim Planeta 51 pode ser uma grande surpresa, pois trata de vários assuntos do nosso dia a dia. Mesmo o filme se passando em outro planeta, vemos que os problemas dos extraterrestres não são tão diferentes dos nossos. Algumas ideias do filme podem se mostrar um tanto clichês, mas cenas como a de Rupert dançando "Cantando na Chuva" inova e muito o desenho. Planeta 51 é incrivelmente bem feito, os animadores com certeza fizeram um excelente trabalho. Vale a pena assistir!


Bartolomeu, o Excêntrico - Terceira Parte

Enfim, esta é a última parte de nossa história. Vejamos o que aconteceu com Bartolomeu, o Louco.

Estava Bartolomeu, o Louco, em sua confortável caverninha em mais um dia como todos os outros. As baratas que viviam embaixo de Vilma, a Pedra, não poderiam estar mais crocantes, e as larvas que viviam atrás da árvore caída não poderiam ficar mais imóveis em sua boca durante o almoço. Mas quando Bartolomeu, o Louco, chegou para conversar com Vilma, a Pedra, viu logo que ela estava pensando em alguma coisa. Quando ela estava pensando, Bartolomeu, o Louco podia jurar que ela nem se mexia! (Que coisa estranha, não?). Pois dessa vez, parecia que Vilma, a Pedra, estava extremamente concentrada. Passaram-se 10, 20, 30 minutos e nada dela falar. Até que ela disse:
- Tem algo me espetando!

Bartolomeu, o Louco, pensou que fossem mais baratas crocantes para seu café da manhã. Mas quando tirou Vilma do lugar, viu que havia algum objeto de madeira enterrado. "O que será?", se perguntou. Foi cavando, cavando e cavando até que viu o que era: um baú. Não estava trancado, e quando abriu a tampa, uma luz inundou a caverna. Ouro, esmeraldas, rubis, topázios e todas as jóias preciosas jamais vistas em todo o mundo estavam dentro dele. Mas no meio do baú algo estranho se encontrava: uma réplica exata da terrível Pomba Sem Cabeça, feita de ouro e incrustada de diamantes. 

- O que isto está fazendo aqui? - perguntou Bartolomeu, o Louco, para Vilma, a Pedra. Mas Vilma não respondeu. Estava olhando para a terrível Pomba Sem Cabeça que acabara de chegar na caverna.

- Enfim você encontrou minha estátua feita de ouro e diamantes! Dê para mim!

Mas Bartolomeu, o Louco, que apesar de louco não era bobo, respondeu:
- Você não vai ganhar neca de catibiriba, está escutando?
- Pois você vai me dar sim! - respondeu a terrível Pomba Sem Cabeça - Como você acha que veio parar aqui? Fiz um motim entre os pássaros para defecarem em sua cabeça e você se esconder nessa caverna, para desenterrar minha linda estátua.

Bartolomeu, o Louco, vendo que sua vida não passou o tempo todo de uma grande armação, e não vendo mais sentido em se esconder com tanto ouro em mãos, resolveu deixar a caverna e Vilma, a Pedra, para trás (levando seu tesouro, é claro, e sem dar nem um ourinho para a pomba). Ao sair da caverna com a terrível Pomba Sem Cabeça atrás, Bartolomeu, o Louco, tentou matá-la. Não conseguindo, voltou para sua distante casa, onde não precisaria mais comer baratas crocantes e larvas que sempre se mexiam em sua boca.

E depois disso, o que aconteceu com Bartolomeu, o Louco? Hoje em dia, vive matando pássaros em todos os lugares que vai, e quem o ajuda nessa tarefa árdua, Bartolomeu, o Louco entrega uma brilhante pedrinha. Então, se você um dia encontrar alguém matando a terrível Pomba Sem Cabeça ou algo assim, ajude-o, pois será bem recompensado. E o mais importante: Bartolomeu, o Louco, mudou de nome. Passou a se chamar Bartolomeu, o Excêntrico, pois ricos não sou loucos, são excêntricos.



FIM

Bartolomeu, o São - Segunda Parte

como, você deve estar se perguntando, Bartolomeu, o Louco, passou a se chamar Bartolomeu, o Louco? Pois é isso que vou lhes contar.

Há muito tempo, Bartolomeu, o Louco não se chamava Bartolomeu, o Louco. Ele se chamava Bartolomeu, o São. E ele era assim chamado porque era uma das pessoas mais inteligentes e lúcidas que alguém jamais viu. Era também o maior passarólogo de toda a região em que morava. 

Um certo dia, andando na praça da cidade, algum pássaro engraçadinho confundiu sua cabeça com banheiro. Ele achou graça e se felicitou com isso, pois nunca tinha acontecido antes, e para tudo tem uma primeira vez. No outro dia, aconteceu a mesma coisa. "Um é bom, dois é demais", logo pensou Bartolomeu, o São. Mas tudo bem não é? Isso foi uma mera coincidência. Mas todos os dias, algum pássaro vinha e fazia de sua cabeça banheiro. Era só Bartolomeu, o São, aparecer com sua reluzente careca e PLAFT!, um pássaro fazia o que não devia. E ele ficou irado com isso, passando a nem sair mais de casa (tentou usar um guarda-chuva, mas não funcionou muito bem).

Depois de duas semanas de confinamento, Bartolomeu, o São, resolveu se arriscar nas ruas, pensando que nada daquilo aconteceria de novo. E para sua surpresa, 5 pássaros brancos vieram correndo e PLAFT! em sua cabeça! Isso foi a gota d'água! Bartolomeu, o São, já começando a virar Bartolomeu, o Louco, pegou sua espingarda de caça e resolveu matar todas as aves da cidade. E assim começou o genocídio, que durou apenas 2 dias. 

Na noite do segundo dia, quando Bartolomeu, o (quase) Louco, estava em cima de uma árvore gigantesca, apareceu a terrível Pomba Sem Cabeça, rainha de todas as aves, e disse para ele parar com aquilo. Mas Bartolomeu, o (quase) Louco foi quem pediu para que os pássaros parassem de defecar em sua cabeça. Mas a terrível Pomba Sem Cabeça retrucou que a finalidade de Bartolomeu era essa, ser defecado por todas as aves do planeta, e que se não gostava disso, as pombas iriam comê-lo. 

E Bartolomeu, o (quase) Louco, quando viu as inúmeras pombas surgirem no horizonte para devorá-lo, pulou da árvore e virou Bartolomeu, o Louco de vez. Encontrou sua aconchegante caverna, onde conheceu Vilma, a Pedra, que lhe fez uma revelação incrível. O que será?


Bartolomeu, o Louco - Primeira Parte

Em uma pequena cidadezinha, que será mantida no anonimato para não trazer inconvenientes ao personagem principal dessa história, vivia Bartolomeu, o Louco. Ele não morava em uma casa normal, nem em uma cabana, nem mesmo em um iglu. Ele morava em uma caverna. E se você pensa que por morar em uma caverna Bartolomeu, o Louco, não tinha problemas, está terrivelmente enganado.

Bartolomeu, o Louco, tinha que se preocupar se as baratas do seu café da manhã estavam tão crocantes como deveriam estar. Ele também se enfurecia quando as larvas que viviam atrás da árvore caída mexiam tanto em sua boca ao come-las no almoço. Mas o que mais lhe causava problemas era Vilma, a Pedra. Todas as noites (pelo menos Bartolomeu achava que era noite) ele se sentava no chão e ia conversar com Vilma, a Pedra. Para uma pedra, ela era extremamente inteligente. 

Muitas vezes, Bartolomeu, o Louco, não entendia o que ela queria lhe dizer, e ficava extremamente enfurecido com ela. Vilma vinha com conversas sobre anões de jardim, duendes e extraterrestres, que para ele não eram nem um pouco compreensíveis. Mas na maioria das vezes, suas conversas eram agradáveis, e foi ela quem lhe deu a ideia de comer as baratas que moravam embaixo dela.

E a vida de Bartolomeu, o Louco, era sempre assim. De manhã, comia as deliciosas baratas crocantes que viviam embaixo de Vilma, a Pedra. À tarde, comia as saborosas larvas que viviam atrás da árvore caída. E à noite, haviam suas agradáveis (mas nem sempre) conversas com Vilma, a Pedra. E sua vida era bem tranquila assim. Baratas, larvas e Vilma, a Pedra. Baratas, larvas e Vilma, a Pedra. Tranquila demais, não? Por enquanto.


A Lógica de Einstein

Duas crianças estavam patinando num lago congelado da Alemanha. Era uma tarde nublada e fria, e as crianças brincavam despreocupadas. De repente, o gelo se quebrou e uma delas caiu, ficando presa na fenda que se formou.

A outra, vendo seu amiguinho preso e se congelando, tirou um dos patins e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo por fim quebrá-lo e libertar o amigo.
Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino:
- Como você conseguiu fazer isso? É impossível que tenha conseguido quebrar o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!
Nesse instante, o gênio Albert Einstein, que passava pelo local, comentou:
- Eu sei como ele conseguiu.
Todos perguntaram:
- Pode nos dizer como?
- É simples - respondeu Einstein. - Não havia ninguém ao seu redor para lhe dizer que não seria capaz.

Einstein tinha cara de louco, mas de louco ele não tinha nem um pouco!