Os Três Irmãos - Segunda Parte

Após os olhares fulminantes que se lançaram mutuamente, os três irmãos se trancaram em seus quartos. Durante uma semana, choraram, gritaram, se lamentaram. No final, odiaram. Odiaram o assassino, odiaram os irmãos.

Ao término do sétimo dia, as três portas foram abertas ao mesmo tempo.
- Quem matou nosso tio? - gritaram em uníssono.
A resposta não foi ouvida. O silêncio caiu, ninguém se mexeu. Alguém precisava fazer alguma coisa. Jonnhy, o criador, logo formulou uma ideia:
- Vamos colocar essas vendas. Elas mostrarão o culpado.

Eles não tinham nada a perder com isso. Embora fosse uma ideia descabível, Jonnhy, Jyppi e Jack colocaram a venda ao mesmo tempo. Escuridão. Sozinhos.

Jonnhy correu, correu e correu. De repente, em suas costas, longas e brilhantes asas apareceram. Por uma corda, subiu ao céu. O nó estava apertado.

Jyppi correu, correu e correu. De repente, seus braços se transformaram em grandes e esplendorosas nadadeiras. Por uma corda, desceu ao mar. O nó estava apertado.

Jack ficou parado. Esperava. Então veio o silêncio, o mais profundo dos silêncios. O silêncio da morte. Seus irmãos já não estavam mais com ele. De repente, em sua cabeça, dois chifres apareceram. Chifres medonhos e assustadores. Por uma corda, Jack foi cada vez mais fundo se embrenhando na terra. Da terra foi feito, na terra foi eleito. Na terra, será perfeito.

Os três irmãos - Primeira parte

Está sendo inacreditável: em todas as aulas de física, a minha imaginação vai a mil. Quando hoje o professor começou a falar e não parava mais, esta história surgiu toda pronta em minha cabeça. Amanhã postarei a segunda parte, espero que gostem.

Era uma vez três irmãos: Jonnhy, o criador; Jyppi, o falador; e Jack, o destemido. Quando nasceram, os pais se separaram, e a mãe, sem ter condições de cria-los, entregou os bebês a um tio que morava em uma grande toca abandonada no centro de uma floresta, local em que cresceram e aprenderam a gostar. Era uma toca profunda e escura, cheia de segredos e mistérios. Por mais que os três irmãos tenham morado a vida inteira ali, nunca desvendaram todos os seus enigmas.

Eram incrivelmente felizes, por mais que suas situações fossem precárias: Jonnhy criava tudo o que queria a partir do barro; Jyppi esculpia grandes e numerosas estátuas, para que pudesse conversar por um longo tempo com elas; e Jack adorava se emaranhar em todos os túneis e brechas escuras do lugar.

No dia em que o tio soltou a frase fatídica, foi como um tiro de canhão:
- Nós vamos nos mudar.
Os três irmãos se olharam, um com mais raiva do tio do que o outro. Jonnhy estava com uma grande pedra na mão, e quase a jogou no tio. Jyppi estava com um pedaço de pau, e quase espancou o tio. E Jack, com sua faca de estimação, quase esfaqueou o tio. O tio não mudava de ideia, por mais que eles insistissem, e tiveram que aceitar tudo o que ele dizia. 

No dia da mudança, os três irmãos saíram cedo, cada um para um lugar diferente. Ao voltarem, chegaram ao mesmo tempo e se encontraram na porta. Quando entraram, um forte calafrio percorreu suas espinhas. Algo de errado havia acontecido ali.

A última porta à esquerda do corredor estava entreaberta. Entraram e viram o tio morto no chão. A grande poça vermelha já se espalhava por quase todo o assoalho. Do lado direito, uma blusa manchada de sangue. Do lado esquerdo, uma faca longa e afiada.

- Esse é o quarto de Jyppi - gritou Jack.

- Essa é a faca de Jack - gritou Jonnhy.
- Essa é a blusa de Jonnhy - gritou Jyppi.

Os olhos dos três se crisparam. Quem havia matado o tio? Só poderia ser um dos três, pois ninguém nunca havia entrado antes na toca ou na floresta.

Amelia Earhart

É incrível como o mundo está cheio de artistas famosos e que por mero acaso são desconhecidos por mim. Amelia Earhart é uma dessas celebridades, populares na sociedade e que estão aí, prontas para serem descobertas. Pois nada melhor do que um filme para se conhecer grandes personagens mundiais, e Amelia foi uma delas.

Para quem não conhece, Amelia Earhart foi a primeira aviadora a cruzar sozinha o Oceano Atlântico em um avião. Bateu 15 recordes, e seu nome foi mencionado dezenas de vezes no Guinnes Book. Amelia ainda é autora de um livro que se tornou um grande best-seller nos Estados Unidos.

Em "Amelia", a personagem principal é interpretada por Hilary Swank (Menina de Ouro, A Colheita do Mal), e acredito que esta seja, depois de seu memorável papel da boxeadora em "Menina de Ouro", a sua melhor interpretação. Ela entrou realmente no papel de Amelia, interpretando de um modo louvável a grande aviadora. Richard Gere (Uma Linda Mulher, Atraídos Pelo Crime) faz o papel de editor e marido de Amelia, George Putnam. Gene Vidal, amante de Amelia, é vivido por Ewan McGregor (Star Wars, Anjos e Demônios, A Ilha).

Não vou contar o final do filme, mas posso dizer que está envolto em grande mistério. Sua história está tão fortemente ligada ao imaginário americano que hoje é difícil dizer o que é real e o que é ficção. "Amelia" foi considerado o primeiro filme sério a ser lançado sobre a aviadora, e se baseia na biografia escrita por Susan Butler, Mary Lovell e Elgen Long. É dirigido pela indiana Mira Nair (Feira das Vaidades, Nome de Família)

Curiosidades sobre Amelia Earhart:
- Incrivelmente, ela já passou pelo Brasil. Em 1937, quando queria ser a primeira mulher a dar a volta ao mundo, passou por Natal, no Rio Grande do Norte;
- No filme "Uma Noite no Museu 2", ela é uma das personagens principais, interpretada por Amy Adams;
- Foi citada no seriado "Friends", em 2003;
- Na série "Star Trek: Voyager", de 1955, o mistério de Amelia é desvendado (de um modo bem criativo);
- Inúmeras músicas foram inspiradas em sua vida.

Como toda pessoa que quer alcançar um sonho ousado, Amelia Earhart ouvia constantemente que não iria conseguir. Não iria conseguir voar em um avião sozinha, não iria conseguir cruzar o Atlântico. Pois chegou onde chegou, e hoje é uma das mulheres mais famosas da história dos Estados Unidos. Nas próprias palavras de Amelia, aí vai o meu desfecho:

Todas as coisas que nunca disse por tanto tempo, olhe bem, estão em meus olhos. Todos tem oceanos para cruzar, desde que tenham o coração para fazê-lo. É impulsivo? Talvez. Mas o que os sonhos sabem sobre limites?

A verdadeira Amelia: