De vez em quando, escrevo algumas histórias. E no meio de inúmeras histórias ruins, às vezes escrevo algumas que penso valer alguma coisa. Por isso, vou postar algumas delas no blog para ver o que vocês acham. Vou logo avisando que são bem pequenas. 

A história abaixo rendeu um elogio da minha professora rabugenta de português, então acredito que não seja tão ruim assim. Espero que gostem!

Vozes em uma manhã de sol

O dia poderia estar pior, mas o sol brilha lá fora. Finos raios entram pela janela, tingindo meu quarto de um amarelo claro. Sento na cama e, lentamente, uma melodia há muito esquecida surge em meus lábios. 

Do outro lado da porta, a velha senhoria pergunta:
- Está acordado Sr. Read?
- Estou, Sera. Mony - minha voz soa um pouco trêmula.
- Ele está aqui - ouço a velha decrépita dizer, com a voz amedrontada.

Não perco tempo e abro logo a porta. Realmente ele está ali, e diz com sua voz fina e grotesca:
- Saia do quarto.

Fico em dúvida. Mordo os lábios a ponto de sair sangue. Ele não poderia fazer nada, poderia? Levo o pé direito um pouco para fora da porta, e ele o puxa com violência, jogando-me ao chão. Então vejo a velha, com um pequeno buraco na testa, esvaindo-se em sangue.

Rapidamente, ele pega o anel em meu dedo e diz:
- Enfim, encontrado!
Vejo a faca correndo rapidamente pelo meu pescoço, e então, escuridão.